hipo

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O CHEIRO CONTINUA O MESMO

domingo, 21 de junho de 2009

variações sobre o corvo


corvos de andre toma





a bruma é meu lugar
a bruma dissolve a minha máscara
e eu voo
não temerei quando o sol vier
olharei de frente pra ele
enfrentar a cegueira
arder

a bruma é onde moro
a bruma derrete a minha máscara
e eu voo
não temo quando o sol vem
eu olho de frente pra ele
e na cegueira
eu queimo

a bruma é aqui mesmo
a bruma consome a minha máscara
e minhas asas
não me faz medo a vinda do sol
olho no olho do sol
fico cego
em brasas

a bruma é
a bruma é minha máscara
aéreo
sem temor
enfrento o sol
cego
comburido

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